sábado, 26 de outubro de 2013

HOMENAGEM A MEU PAI

FALSO ADEUS


E um dia
Sob os auspícios de um sol bizarro
Entardeceu para Sempre.

Nesse dia
Expulso da luz
Em exílio inédito
Pousou os seus olhinhos alegres
na paisagem infame de uma Escuridão INÍQUA.

Primeiro de Maio de 2005

NOTÍCIA NO SEMANÁRIO TRANSMONTANO

Família acusa Hospital de não ter advertido sobre efeitos secundários

Exame deixa idoso entre a vida e a morte
Um exame que deveria ter servido para esclarecer “umas dores de estômago” e “uma má disposição” que um homem de 76 anos, residente em Chaves, sentia frequentemente, acabou por lhe provocar uma pancreatite aguda edematosa, uma infecção do pâncreas, que o deixou entre a vida e a morte. O Hospital diz que a “complicação surgida é um efeito frequente do exame”. No entanto, a família do doente garante que o hospital não informou ninguém (nem família nem o próprio doente) dos riscos que o exame envolvia. E, por isso, promete recorrer à justiça. A unidade hospitalar assegura que o doente assinou um termo de responsabilidade. A família nega e fala em possível “falsificação”.
A família de um homem de 76 anos, que há cerca de duas semanas foi submetido a um exame no Hospital de Chaves, que o deixou “entre a vida e a morte”, está a acusar esta unidade de saúde de não ter informado o doente nem a família dos riscos que o dito exame envolvia. E, por isso, promete levar o caso a tribunal.
Joaquim Esteves, que até à data de fecho desta edição (terça-feira) se encontrava internado nos cuidados intensivos do Hospital de Santo António, no Porto, “entre a vida e a morte”, deu entrada no hospital de Chaves no passado dia 4. E era suposto sair no dia a seguir, após a realização de um CPRE (colangeopancreatografia retrógrada endoscópica), um complexo exame radiográfico ao pâncreas, que incluiu também uma esfíncterplastia (um processo que visa o alargamento de um canal entupido) prescrito pelo médico de família, a quem Joaquim se queixara de “frequentes más disposições” e “dores de estômago”. Ao que o Semanário TRANSMONTANO conseguiu apurar junto do director clínico do Hospital de Chaves, Gil das Neves, o médico de família terá prescrito o CPRE, “para saber o que estava a causar a dilatação de uma via biliar, detectada numa ecografia pedida anteriormente” ao paciente.

Família contradiz hospital

No entanto, após o exame, que, segundo o director clínico mereceu também o “parecer favorável” de um gastrenterologista, Joaquim começou a passar mal. Foi-lhe  diagnosticada uma pancreatite aguda edematosa, uma infecção grave do pâncreas, que pode levar à morte. Assumindo que, “muito provavelmente, a complicação foi causada por uma lesão do órgão causada durante o exame”, Gil das Neves, assegura, no entanto, que se está perante um “efeito secundário frequente” do exame. E acrescenta que a doença foi “rapidamente detectada e o doente tratado para essa complicação”, à qual dias depois se juntou outra: uma pneumonia. Contudo, os filhos do doente asseguram que nem o pai nem eles foram informados dos “gravíssimos riscos colateriais” do exame e que Joaquim não assinou o “termo de responsabilidade”, exigido para a realização de uma CPRE. “Se eles tivessem dito ao meu pai dos gravíssimos risco de vida que corria ao fazer o exame, ele tinha dito pelo menos à minha mãe. Além disso, enquanto ele esteve consciente eu perguntei-lhe milhares de vezes se ele tinha assinado algum documento e ele garantiu sempre que não tinha assinado nada”, assegura a filha do doente, Maria Teresa Esteves, lembrando ainda que se ele tivesse assinado, o hospital deveria ter-lhe dado uma cópia do documento, o que, garante, não aconteceu. Gil das Neves assegura que a “declaração de consentimento informado”, vulgo “termo de responsabilidade”, existe. “Se o doente entendeu ou não o que lhe foi explicado, não posso garantir porque não estava lá, mas a declaração com a sua assinatura consta do processo”, frisa o director clínico. Em resposta, a família garante que “qualquer documento apresentado é falso” e que está disposta a pedir um exame de grafológico para comprovar a veracidade ou não da assinatura.
“O meu pai entrou no hospital pelas próprias pernas, e a brincar. Agora, por incompetência alheia, está entre a vida e a morte. Isto é muito grave”, afirma a filha do doente, prometendo “virar o mundo” para processar o Hospital.
Segundo Maria Teresa o pai só foi transferido para o Porto, depois de ela ter feito “muito barulho”. Gil das Neves garante que não foi transferido antes porque “havia entendimento que lhe estava a ser feito o mesmo que seria feito no Porto”.

350 CPRE por ano
Segundo o director clínico do hospital, Gil das Neves, a média de CPRE (colangeopancreatografia retrógrada endoscópica) realizadas anualmente em Chaves é de cerca de 350. O exame é realizado por um médico especialista em gastrenterologia com formação em endoscopia de intervenção, que o hospital contrata para o efeito. 

Data de Publicação: 24/03/2005
Artigo de: Margarida Luzio  Comentários

NOTÍCIA NO CORREIO DA MANHÃ



Chaves - Família acusa hospital da morte de emigrante

Exame médico foi fatal

Mataram-me o marido. Entrou a andar no Hospital de Chaves, fez o exame e nunca mais se pôs de pé. Foi o fim dele.” É com estas declarações que Ondina Pereira chora a morte de Joaquim Esteves Coelho, ocorrida a 1 de Maio de 2005. O caso está a ser investigado pelo Ministério Público e a direcção clínica do Hospital aguarda pelos resultados para se pronunciar. No entanto, vai dizendo que o exame – colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) – é “perigoso” porque tem riscos.
Por:Cristina Serra
A viúva e os filhos deste emigrante, de 76 anos – que fez vida por terras de Angola e do Brasil antes de regressar à terra natal, Chaves – acusam aquele hospital de “erro médico”. “O meu pai sempre foi uma pessoa saudável, cheia de vida, que se queixava às vezes de dores de estômago”, diz Joaquim Coelho, professor no Rio de Janeiro que, desde então, vive à base de antidepressivos. “O meu pai foi vítima de tentativa de homicídio devido a erro médico. O Hospital não informou a família sobre os riscos do exame clínico nem assinámos qualquer declaração de consentimento a autorizá-lo.”
Ondina, acrescenta: “Fez o exame a 3 de Março e pouco depois começou a inchar. Alertei o médico de família, mas nada fez. No Hospital, um médico só disse que era grave. Ao fim de duas semanas foi transferido para os Cuidados Intensivos do Hospital de Santo António. Não o puderam salvar. O que o matou foi o maldito exame e só queremos justiça, porque já não podemos tê-lo de volta.” O diagnóstico, diz o filho, “foi uma peritonite aguda edematosa”.
O advogado da família, Paulo Ramalho, não presta declarações devido ao facto de o caso estar em segredo de Justiça. No entanto, do lado do Hospital, Gil Neves, director clínico, afirma: “Não posso garantir que o doente tenha morrido devido ao exame. Surgiram complicações, dentro das previsões. Aliás, mais de metade dos doentes que o faz acaba por morrer. Compete ao Tribunal investigar se foi bem executado e bem indicado.”
COMPLICAÇÕES SÃO FREQUENTES
A realização de uma colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) não se justifica, segundo o gastrenterologista Alberto Santos, em casos de gastrite, uma doença que, segundo Ondina Pereira, padecia o marido, Joaquim Coelho. Para o especialista e membro da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, este exame médico de diagnóstico é também terapêutico “só é feito quando outros exames [laboratoriais, TAC, ecografias] não esclarecem a causa das dores abdominais”.
Tal como todos os exames de diagnóstico invasivos – por exemplo, endoscopias, de otorrino ou ginecológicos, que implicam a introdução de meios para análise –, provocam efeitos secundários.
Neste caso, a complicação mais frequente – em dez por cento das situações – é a pancreatite aguda, uma inflamação do pâncreas que, em muitos casos pode evoluir para a morte.
Apesar dos riscos inerentes à sua realização, o especialista do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa não defende a informação dos riscos ao doente: “Se lhe dissermos todos os riscos que corre não vai querer fazê-lo. Temos de ponderar o risco e o benefício da sua realização.” Quanto à questão da assinatura de uma declaração de consentimento informado, Alberto Santos garante que não é obrigatória.
OUTROS CASOS
COLONOSCOPIA
A filha de um doente do Hospital Garcia de Orta, Maria do Rosário Campaniço, acusou em 2005 aquela unidade de saúde de negligência na morte do pai, que se submetera a uma colonoscopia. Para a extracção de pólipos no intestino, José Campaniço sofreu uma perfuração do intestino, que lhe terá provocado uma peritonite e, daí, uma septicemia.
CATETERISMO
Uma doente cardíaca, Felismina Santos, 52 anos, morreu 48 horas após ter feito um cateterismo no Hospital Curry Cabral. A morte terá sido provocada por um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O Hospital alegou ter sido um caso raro.

ESPOLIADO EM ANGOLA



ALÉM DE ASSASSINADO POR MÉDICOS- ESPOLIADO EM ANGOLA

ESTE FOI O " SOUVENIR MACABRO" DE ANGOLA. ESTE CHEQUE NUNCA NOS FOI PAGO. ACREDITEM. FOMOS ROUBADOS PELO BANCO PINTO & SOTTO MAYOR DE PAPEL PASSADO. E A VIDA PROSSEGUE COMO SE NÃO TIVESSEMOS SIDO VÍTIMAS DESSA IGNOMÍNIA. TRATA-SE DE UM CHEQUE VISADO. NÃO É UM CHEQUE QUALQUER .

O FIM INJUSTO DESTA HISTÓRIA





Após anos de "investigações" todos os envolvidos foram considerados INOCENTES. Abri um processo no MINISTÉRIO PÚBLICO DE CHAVES-PROCESSO 373/05.9 TACHV. Foram abertos processos também na ORDEM DOS MÉDICOS-PROCESSO Nº 26/2005, INSPECÇÃO-GERAL DE SÁUDE - PROCESSO 187/05-SP, PROVEDORIA DE JUSTIÇA -  PROCESSO R-1364/05(06) e até no OMBUDSMAN EUROPEU. A COMISSÃO DE SAÚDE DA ASSEMBLÉIA DA REPÚBLICA também foi informada e recebi correspondência da Deputada MARIA DE BELÉM.

Eis alguns dos envolvidos nesta vergonha:

1- SIMÃO PEDRO DOS SANTOS PACHECO ( O que indicou o EXAME que levou o meu pai à morte.)

2- JORGE COSTA ( Médico do HOSPITAL DISTRITAL DE CHAVES.)

3- ANTÓNIO JOSÉ BAPTISTA CHAVES DA CRUZ(Médico presente no HOSPITAL DE CHAVES.)

4- LUIS ANTÓNIO DE ALMEIDA E SOUSA  (Médico)

5- MANUEL RODRIGUES E RODRIGUES (ORDEM DOS MÉDICOS )

6- GIL DAS NEVES (Director Clínico do Hospital Distrital de Chaves)


O advogado que me assessorava, PAULO RAMALHO com escritório na MAIA, depois que saiu o relatório final do Ministério Público de Chaves inocentando todos os partícipes deste ato inominável que ASSASSINOU o meu pai, NUNCA MAIS RESPONDEU AOS MEUS E-MAILS, CARTAS E TELEFONEMAS. O QUE SERÁ QUE ACONTECEU? SERÁ QUE O COMPRARAM, AMEAÇARAM? ESTRANHO. É QUE NUNCA MAIS RESPONDEU A NADA QUE EMANASSE DA MINHA PESSOA. MUITO ESQUISITO !

OS MÉDICOS DISSERAM O QUE QUISERAM




OS MÉDICOS DISSERAM O QUE QUISERAM AO MINISTÉRIO PÚBLICO

Resolvi não recorrer da decisão do Ministério Público de Chaves. Seria um absoluto exercício de inutilidade e um gasto estúpido de dinheiro. Já sabemos como são as coisas nos tribunais. Entretanto, cabe assinalar que os médicos disseram ao Ministério Público de Chaves o que quiseram. SÃO INSONDÁVEIS OS LABIRINTOS TORTUOSOS DA TERMINOLOGIA MÉDICA. É tudo em grego e latim. Ninguém entende NADA. Cada um disse o que lhe convinha. O Simão Pedro Pacheco, só para citar um exemplo, que era médico de família de meu pai, declarou que o meu pai sofria de "DIARRÉIAS QUE DURAVAM VÁRIOS DIAS." TOTALMENTE FALSO. A minha mãe que sobreviveu a esta catástrofe, saberia. Ele nunca sofreu desse tipo de mal. O médico MENTIU. É UMA VERGONHA.

O CONSENTIMENTO INFORMADO




O CONSENTIMENTO INFORMADO FOI COMPLETAMENTE EQUIVOCADO

Ninguém sabia dos riscos a que o meu pai estava sujeito ao submeter-se ao exame. NINGUÉM SABIA E MUITO MENOS O MEU PAI. Ninguém nos explicou absolutamente nada. Se soubessemos dos riscos que o meu pai corria ELE JAMAIS FARIA TAL EXAME. JAMAIS. Apresentaram-me uma assinatura que diziam ser do meu pai em formato P.D.F. Essa assinatura pode ter sido introduzida no arquivo(ficheiro). De qualquer maneira, o meu pai NÃO SABIA DOS RISCOS QUE CORRIA. A MINHA MÃE TAMBÉM NÃO SABIA . OS FILHOS NÃO SABIAM. OS FAMILIARES MAIS PRÓXIMOS TAMBÉM NÃO SABIAM. QUEM SABIA? QUE CONSENTIMENTO INFORMADO FOI ESSE? Não respeitaram os preceitos básicos do que deve ser um CONSENTIMENTO INFORMADO. UMA FALTA DE RESPEITO AO MEU PAI E À VIDA HUMANA. SUBSTIMARAM A SIMPLICIDADE DOS  MEUS PAIS; PESSOAS SIMPLES DO INTERIOR DE PORTUGAL. É UMA VERGONHA! TENHAM VERGONHA SENHORES MÉDICOS. O que se pode esperar de um exame que se chama: colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.